Hino Nacional Brasileiro
Símbolo oficial da República Federativa do Brasil
O Hino Nacional Brasileiro teve sua composição realizada no ano de 1822. A letra é do crítico literário, poeta, professor e ensaísta Joaquim Osório Duque-Estrada (1870 – 1927) e a música foi produzida pelo compositor, maestro e professor Francisco Manuel da Silva (1795 – 1865). O hino passou a ser oficial por meio da Lei nº 5700, em 01 de setembro de 1971.
No decorrer da história, tanto a letra quanto o ritmo do hino nacional sofreram algumas modificações. A primeira gravação em disco aconteceu no ano de 1917.
Conforme o art. 13, parágrafo 1º, da Constituição de 1988, o Hino Nacional Brasileiro faz parte dos quatro símbolos oficiais representativos da República Federativa do Brasil. História do Hino Nacional Brasileiro
O compositor Francisco Manuel produziu a música do hino nacional quando Dom Pedro I abdicou do trono, no dia 07 de abril de 1831. A execução do hino aconteceu no dia 14 de abril de 1831 e em 03 de maio daquele mesmo ano voltou a ser executado quando ocorreu a instauração das Câmaras Legislativas.
O Hino Nacional Brasileiro foi elaborado com intuito de comemorar a Independência do Brasil, que ocorreu em 07 de setembro de 1822. Primeiro o hino foi chamado de “Hino 7 de Abril” por conta da renúncia de Dom Pedro I (1798 – 1834), depois levou o nome de “Marcha Triunfal” e por fim “Hino Nacional”.
O hino Nacional Brasileiro faz parte dos quatro símbolos da República do Brasil, são eles: a Bandeira do Brasil, o Brasão Nacional e o Selo Nacional. A letra do hino possui uma marcação evidente de antilusitanismo – mesmo que lusofobia, que consiste na hostilidade contra Portugal, o povo português e a cultura portuguesa.
Quando ocorreu a coroação de Dom Pedro II, no ano de 1841, Francisco Manuel também compôs um hino para a solenidade. A coroação de D. Pedro II e a ascensão dos conservadores ao poder provocou mesmo o retorno do Hino da Independência, que foi composto por D. Pedro I para ser o hino oficial da pátria atual.
O hino monarquista se sustentou com o surgimento da Proclamação da República, em 1888, quando um novo hino foi composto. Em 22 de novembro de 1889 foi realizado um concurso oficial para escolha do novo hino brasileiro, com a ideia da participação de músicos eruditos e populares por medo dos ritmos africanos.
No ano de 1890 o governo provisório autenticou a música, mas a letra não. Ela então passou a ser executada por instrumentos. Apesar disso, a música ainda não tinha uniformidade, foi feito um pedido de reforma para o hino no ano de 1906. Já no ano de 1909, houve um outro concurso que escolheu a letra que acompanharia a composição já oficializada como hino.
Até a oficialização efetiva do hino em 1922, Duque-Estrada realizou alterações em nove pontos da versão inicial. Após muitos debates, a oficialização aconteceu rapidamente para que o hino pudesse ser executado na comemoração do primeiro centenário da Independência do Brasil em 07 de setembro de 1922.
Primeira Parte:
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heroico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido,
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Segunda Parte:
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores,
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores". (*)
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.
Mas se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo
És mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!